domingo, 2 de dezembro de 2007

o tempo tudo cura



Estes últimos dias têm sido, extraordinarimente, intensos, a vida prega partidas e a minha tem sido um jogo de cabra cega.
Tão depressa me sinto a rainha do mundo e tudo tem sentido, como noutro momento me sinto, demasiadamente, sem forças... tudo tem sido vivido ao segundo, festas, amigos, situações mais ou menos importantes se verificam e se desenrolam em meu redor... o sofrimento é algo tão doloroso que prefiro sofrer eu, a fazer outras pessoas passarem por ele, não quero nem tenho o direito de o fazer... é duro quando por vezes mentimos a nós mesmos, dizemos que estamos bem, que já foi ultrapassado aquele período de colera, de escurbuto que nos consume e nos faz definhar.... mas quando na realidade pensamos racionalmente, quando perdemos algum tempo para sermos sinceros com nós próprios, então percebemos que as coisas pura e simplesmente não desaparecem nem deixam de existir de um momento para o outro....
" o tempo tudo cura", não digo o contrário, mas só cura se assim o desejarmos, só cura se fizermos por isso... e depois de longos meses de sede sentimental, se o esforço que desempenhamos na nossa recuperação tiver sido devidamente proficuo, ai então.... ai então talvez consigamos começar a pensar em mudar de página, trocar de folha para que numa nova, em branco, um novo precurso, um novo desenho seja elaborado.... o desenho é apenas uma metáfora de outra metáfora que é o "rio da Vida".... o caminho somos nós que o produzimos, criamos, encalcetamos, polimos e destruimos.... esse caminho é a nossa vida...
o bem que vem a seguir ao mau periodo é que podemos alterar, podemos crescer, podemos inovar e desenvolver matéria completamente nova....
de que vale viver cautelosamente a vida, de que vale queremos fazer tudo da maneira correcta quando o " correcto" é mera formalidade e interpretativo... porque não arriscar?! porque não fazer o que achamos que devemos fazer, fazer o que nos pode fazer feliz, sem medo de repreensões, sem medo de sanções mais ou menos propositadas....
nascemos sem nada, sem nada havemos de morrer, se ai não temos opção, os espaço que ocupa uma a outra é de nossa responsabilidade, e a responsabilidade é ser feliz da maneira e com quem achamos que o mereça e nos possa retribuir....nunca vi a barragem lamentar-se da água que perdeu, nem a cobra a chorar pela pele que trocou... não fazem, porque sabem que garantidamente ou água ou escama irão substituir a outrora preferida....
o ser humano tem o dom de planear, tem a mania do controle, hoje temos o maior amor da vida, amanha nem nos falamos... hoje temos vontade própria amanha estamos dependente de alguem... chega de planear o rio, pois mais que se tente irá sempre existir algum afluente que não deveria existir, ou no caso de ser propositado pode não ter a função para o qual havia sido idealizado....
estou a tentar, agora que estou mais ou menos bem comigo mesma, abrir o meu coração, não digo para quem o mereça, digo para quem o faça bater, para quem neste momento faça dele o maior músculo que é, que faça com que ele se pense único e insusbtituivel mesmo que esteja apenas a viver mais uma vez a doce e amarga ironia da vida...

dejá vu

Houve um dia em que disse isto a alguém:
A vida é um caminho estranho, é traçado com amarguras, tristezas, rancores, mas o que seríamos nós sem isso, o que seria se tudo fosse perfeito?... pouco ou mesmo nada gratificante, seria um caminho tão negro quanto a brancura que nele se pretende desenhar.... num dia temos o mundo, no outro o mundo tem-nos a nós, é nesta relação paradoxal que se assenta a mais terna das harmonias..

sábado, 1 de dezembro de 2007

pensamento do dia...


Não levem a vida muito a serio...faz rugas...
Digam os disparates que vos apetecer...façam o que quiserem...saibam o que é importante, e o que não é...
Quem querem ter por perto e quem não querem e não interessa...não deixem que nada vos afecte demasiado, a amargura encolhe a alma e só somos felizes se ela crescer...e acima de tudo...sorriam e cantem (mesmo que vos soe mal) porque sorrir e cantar espanta todos os nossos demonios...do passado, do presente e principalmente do futuro...eu tento mtooooooooo e resulta;)


E de novo acredito que nada do que é importante se perde verdadeiramente. Apenas nos iludimos, julgando ser donos das coisas, dos instantes e dos outros.
Comigo caminham todos os mortos que amei, todos os amigos que se afastaram, todos os dias felizes que se apagaram. Nao perdi nada, apenas a ilusao de que tudo podia ser meu para sempre... Miguel Sousa Tavares